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22/01/2011

Aos deuses

Atena: deusa da sabedoria e das artes

E finalmente chega o ano novo, geralmente as pessoas fazem 1001 metas. Não sou do tipo de prometer coisas quando chega meia noite no dia primeiro de um novo ano. Sou mais do tipo introspectivo que prefere olhar a queima de fogos um pouco afastado do grupo, da família, sozinho.


Masoquismo? Auto-flagelação? Não sei. Tenho essa necessidade de pelo menos por um segundo, nem que por apenas um único dia do ano, ainda que acompanhado, me impor uma solidão temporária, um silêncio interior, um olhar pra dentro, um tentar ver o Alan como se fosse outra pessoa.

Tenho a mania de analisar a mim mesmo e às pessoas ao meu redor com frequência. Mais uma chatice típica minha: tentar racionalisar tudo. Aliás, não sou chato, só perfeccionista e me cobro um pouco de mais. E é justamente quando dá meia noite e os fogos de artifício explodem que meu maior carrasco chega: eu mesmo. Justamente quando todo mundo comemora eu paro pra acertar as contas comigo.

E enquanto o resto do mundo comemora a chegada de um novo ano, eu ao mesmo tempo que mandava minhas mais sinceras saudações à Poseidon, era julgado na minha santa inquisição pessoal. Ainda me restam 'crimes' do ano que passou a serem julgados, mas é sempre bom perceber que o tempo levou algumas coisas que precisavam ser levadas. Assim como é duro reconhecer que há coisas que por mais que você espere que Zeus destrua ou Poseidon afunde, Hestia continua mantendo pra lembrar quem você realmente é, só espero que Atena dê-me sua bênção para mais uma fase.